Condoleezza Rice (esq.) ri enquanto caminha com o presidente palestino Mahmoud Abbas (dir.) após reunião em West Bank| Foto: Tara Todras-Whitehill / Reuters

A secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, admitiu pela primeira vez que o governo Bush não deve conseguir cumprir sua promessa de promover um acordo de paz entre israelenses e palestinos este ano. Em visita a Tel Aviv, Condoleezza alegou que a convocação de eleições antecipadas em Israel, para o dia 10 de fevereiro, atrapalhará as negociações, mas negou, nesta sexta-feira (7), em Ramallah, que o processo de paz promovido pelos Estados Unidos tenha sido um fracasso. Segundo a secretária, ele deverá abrir caminho para um futuro acordo.

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O atual estágio das negociações foi lançado há cerca de um ano na Conferência de Annapolis, no estado americano de Maryland. Condoleezza chegou nesta quinta-feira (6) a Israel numa de suas últimas tentativas de impedir o fracasso do processo antes que George W. Bush passe o cargo para o presidente eleito, Barack Obama, em 20 de janeiro.

"Nós sabíamos que se um acordo não fosse alcançado até o fim deste ano, haveria aqueles que diriam que o processo de Annapolis, as negociações, falharam. Na realidade, é mais ou menos o oposto", disse Condoleezza em uma entrevista coletiva em Ramallah, na Cisjordânia, ao lado do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas.

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"Nós podemos não estar na linha de chegada, mas eu estou certa de que se os palestinos e os israelenses ficarem no curso de Annapolis eles vão cruzar a linha de chegada e poderão fazer isso relativamente em breve", acrescentou.

Abbas e a ministra de Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni, que é a provável futura premier do país, se comprometeram publicamente diante de Condoleezza a continuar as negociações de paz com o próximo governo americano.

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