A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, defendeu na sexta-feira a ampliação das sanções impostas pelos EUA ao Irã e minimizou divergências com a Rússia sobre a questão.
"A comunidade internacional não pode só ficar parada até que estejamos diante de opções desagradáveis. Uma arma nuclear nas mãos do regime iraniano seria altamente desestabilizadora na região mais volátil do mundo", afirmou ela no programa "Today", da NBC.
Na quinta-feira os EUA impuseram novas sanções contra o Irã e acusaram a Guarda Revolucionária do país de disseminar armas de destruição em massa.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, criticou a medida, dizendo que ela deixaria o Irã encurralado. "Correr por aí como um louco com uma faca na mão não é o melhor jeito de resolver esse tipo de problema," disse ele.
A Casa Branca também minimizou as discordâncias com a Rússia em relação ao Irã e rejeitou as críticas de que sua retórica cada vez mais contundente contra o governo iraniano esteja parecendo a que precedeu a guerra com o Iraque.
"Não acho que haja paralelos a ser traçados aí", disse Tony Fratto, porta-voz da Casa Branca. "Estamos comprometidos com um processo diplomático", afirmou.
"Nunca tiraremos opções da mesa, mas onde queremos avançar é no processo diplomático."
Fratto afirmou que os EUA mantêm um relacionamento "complexo" com a Rússia, e que os dois países nem sempre têm a mesma opinião, mas que trabalham juntos no combate ao terrorismo.
Washington impôs sanções a mais de 20 empresas, bancos e pessoas físicas iranianos, além de contra o Ministério da Defesa, na tentativa de pressionar o Irã a parar de enriquecer urânio. O governo iraniano diz que só quer gerar energia elétrica com a tecnologia nuclear, mas os EUA e outros países acusam o programa de ser uma fachada para a construção de bombas atômicas.
Rice admitiu que há divergências entre os EUA e a Rússia quanto ao Irã, mas disse que os dois países têm o mesmo objetivo: um Irã não-nuclear. "Os russos não têm nenhum desejo de ter um Irã com armas nucleares em sua vizinhança. Afinal, Moscou está bem mais perto do Irã que os EUA."
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