Imagem disponibilizada pela Agência Espacial Europeia mostra Philae sobre o cometa| Foto: European Space Agency - ESA/Efe

A Agência Espacial Europeia divulgou nesta quinta-feira (13) a primeira imagem tirada da superfície de um cometa e disse que o robô Philae ainda está "estável", apesar da falha dos arpões que prenderiam o artefato ao terreno rochoso do cometa.

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O robô fez história na quarta-feira ao se tornar o primeira artefato a pousar no cometa conhecido como 67P/Churyumov-Gerasimenko, após uma jornada de uma década e 6,4 bilhões de quilômetros pelo espaço a bordo da sonda espacial Rosetta.

A alegria dos cientistas foi levemente prejudicada porque os arpões que deveriam ancorar o robô à superfície do cometa não foram acionados, fazendo com que o artefato chacoalhasse duas vezes antes do pouso nos quatro quilômetros de extensão do corpo celeste, também chamado de núcleo.

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"O Philae está estável sobre o núcleo e produzindo dados", disse à Associated Press Gerhard Schwehm, cientista da missão Rosetta. "O robô está em bom estado." A fotografia enviada para a Terra mostra uma superfície rochosa e uma das três pernas do robô num canto da imagem.

Os cientistas ainda analisam o efeito dos dois saltos sobre a estrutura da nave e pretendem divulgar mais detalhes durante uma coletiva de imprensa marcada para as 11h (de Brasília). A comunicação com o robô é lenta e os sinais levam mais de 28 minutos para viajar os cerca de 500 milhões de quilômetros entre a Terra e a sonda Rosetta.

Schwehm disse que ainda pode ser possível disparar os arpões, mas isso só será feito se não houver risco para o Philae. Outra questão importante é se a broca do robô poderá ser usada para extrair amostras debaixo da superfície do cometa sem empurrar do Philae para o espaço.

A gravidade no cometa é apenas 1/100.000 da gravidade terrestre, o que significa que o artefato, do tamanho de uma máquina de lavar roupas, pesa apenas 1 grama no local. O Philae e a sonda Rosetta usarão 21 instrumentos para analisar o cometa nos próximos meses.

Cientistas esperam que o projeto, de 1,3 bilhão de euros (US$ 1,6 bilhão) os ajude a entender melhor os cometas e outros objetos celestiais, assim como responder perguntas a respeito da origem da vida na Terra.

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