O candidato do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos, Mitt Romney, causou polêmica no Reino Unido nesta quinta-feira. Ele questionou se o país está preparado para realizar os Jogos Olímpicos sem problemas. "É difícil saber como vai terminar", disse ele à NBC News, e chamou de "desconcertante" as tardias preocupações sobre o pessoal de segurança. Com a Olimpíada como pano de fundo, ele está em viagem para visitar os principais políticos do Reino Unido. Romney busca passar a mensagem de que reconhece os laços entre os EUA e seu principal aliado e também projetar uma imagem de liderança.
O primeiro-ministro David Cameron ficou momentaneamente na defensiva. Em resposta aos comentários de Romney ele disse que "estamos realizando uma Olimpíada em uma das mais ativas, movimentadas e agitadas cidades do mundo. É óbvio que é mais fácil se você realizar os Jogos Olímpicos no meio do nada". Cameron provavelmente estava referindo-se à Utah, onde Romney organizou os Jogos Olímpicos de Inverno.
Durante a parte pública de seu encontro com Cameron, o republicano tentou suavizar suas declarações anteriores: "é impossível que absolutamente nenhum erro ocorra".
Após a reunião, Romney disse que conversou com Cameron sobre a Síria, Líbia, Paquistão e outros países.
Ele também encontrou-se com o ex-primeiro-ministro Tony Blair. Sua campanha informou que os dois discutiram o Oriente Médio e as questões econômicas que seus países enfrentam.
O republicano também deve reunir-se com Nick Clegg, o vice-primeiro-ministro, e Ed Miliband, líder do Partido Trabalhista, da oposição. As conversas - e as fotos - com políticos ingleses têm como objetivo retratar o candidato como um plausível líder mundial.
"Nós temos uma relação muito especial entre os Estados Unidos e Grã-Bretanha", disse Romney durante uma entrevista no primeiro dia da viagem internacional que também o levará pra Polônia e Israel. "Ela remonta ao nosso começo - cultural e histórico."
Romney é um ex-governador de Massachusetts sem experiência com a política mundial. Ele espera persuadir os eleitores de que suas décadas de homem de negócios o colocaram em contanto com as principais questões internacionais, que não é um novato, e deve ser o presidente em um mundo complexo e perigoso.
A viagem acontece logo após fortes críticas contra a política externa do presidente Barack Obama, que concorre à reeleição pelo Partido Democrata. Romney chegou a acusar a Casa Branca de buscar vantagens políticas ao vazar arquivos secretos com detalhes sobre o ação militar que matou Osama bin Laden. As informações são da Associated Press.
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