O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Mitt Romney, reduziu a diferença que o separa do presidente norte-americano, o democrata Barack Obama, na primeira pesquisa Reuters/Ipsos após o debate de quarta-feira à noite. Romney agora é visto positivamente por 51 por cento dos entrevistados -- é a primeira vez que as opiniões positivas superam as negativas. Obama, que tenta a reeleição, manteve os 56 por cento de avaliações positivas.
Mas Romney passou à frente de Obama em várias questões importantes, depois de ser amplamente apontado como o vencedor no primeiro dos três debates programados até a eleição presidencial de 6 de novembro nos Estados Unidos. Ele agora passou a ser considerado mais qualificado do que Obama para estimular a economia, gerar empregos e gerir o déficit público, segundo a pesquisa. Também reduziu a vantagem de Obama a respeito de impostos, previdência e do programa Medicare, que garante atendimento de saúde para idosos e incapacitados.
O bom desempenho de Romney no debate pode tornar a disputa mais competitiva, segundo o especialista em pesquisas do instituto Ipsos, Cliff Young. "Se ele fizer mais debates assim, conseguir passar seu recado e mirar nos indecisos, poderíamos ver o movimento na intenção de voto, mas ele precisa de muito mais disso", afirmou Young.
A pesquisa mostrou que a vantagem de Obama, que era de 7 pontos percentuais, caiu para 5 pontos, com 48 por cento para Obama e 43 por cento para Romney.
Foram entrevistados pela Internet, na noite de quarta-feira e durante a quinta-feira, 536 eleitores registrados. O intervalo de credibilidade é de 4,8 pontos percentuais.
Segundo Young, o impacto do debate só poderá ser aferido daqui a alguns dias, porque essa pesquisa usa uma amostra menor do que o levantamento diário Reuters/Ipsos, em que a amostra é parcialmente alterada a cada dia. Romney aparece atrás de Obama nas pesquisas desde setembro, e vinha enfrentando críticas até dos republicanos após uma série de tropeços na campanha.
No debate de quarta-feira, em Denver, Romney se mostrou mais agressivo, usando um repertório de frases cortantes, criadas sob medida para repercutir nos canais a cabo e em vídeos na Internet. Já Obama preferiu poupar o adversário de ataques mais duros.
Ele não citou, por exemplo, o comentário de Romney sobre os "47 por cento" de eleitores que seriam eleitores cativos de Obama, por não pagarem impostos federais e dependerem de ajudas do governo. A frase, registrada em um vídeo gravado secretamente, veio à tona no mês passado e causou uma crise na campanha do republicano.
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