A Rússia informou nesta segunda-feira (6) que escreveu uma carta à atual presidente da União Européia, França, para demonstrar preocupação sobre uma onda de violência na Geórgia, que seria parte de uma campanha do governo de Tbilisi para frustrar um acordo de cessar fogo.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia reafirmou, entretanto, seu comprometimento com a implementação de sua parte do acordo: a retirada de suas tropas do território georgiano, unindo as regiões separatistas da Ossétia do Sul e da Abkázia e cedendo-as aos monitores do cessar fogo da UE.
A Rússia enviou tropas e tanques para o país vizinho em agosto, em um expressivo contra-ataque para impedir uma tentativa de retomada da Ossétia do Sul pela Geórgia.
Os conflitos em larga escala acabaram alguns dias depois, mas na última semana houve uma série de pequenos ataques, incluindo uma explosão de uma bomba na sexta-feira, na Ossétia do Sul, na qual sete soldados russos foram mortos.
"A impressão é que algumas forças em Tbilisi, que não querem uma transição suave e normal para os monitores da UE, estão conscientemente procurando piorar a situação na região, e por uma série de atos terroristas, querem provocar novas ações militares", disse o ministério russo em comunicado.
A nota dizia que o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, havia escrito para o seu equivalente francês, Bernard Kouchner, expressando preocupação sobre a piora da segurança na região. A França possui atualmente a presidência rotativa da UE.
"Ainda assim, nós temos firmemente a intenção de continuar com o acordo ... com a retirada de nossas forças de paz do território georgiano", disse a nota.