A Rússia irá considerar os inúmeros pedidos para intervir no leste da Ucrânia e "proteger os civis pacíficos" após os confrontos observados na região, afirmou o Ministério de Relações Exteriores do país. "Houveram inúmeros pedidos para a Rússia proteger os civis pacíficos. Esses apelos serão considerados", informou a pasta. A declaração, um dia antes do referendo sobre a secessão da Crimeia, eleva a preocupação da comunidade internacional com relação às intenções russas na Ucrânia oriental.
Neste sábado, a Rússia vetou uma resolução do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que pedia que os países não reconhecessem o resultado do referendo deste domingo. A resolução, elaborada pelos Estados Unidos, foi derrotada por 13 votos contra 1, com a abstenção da China. A única incerteza com relação à votação era se a China também vetaria a proposta ou se absteria, isolando Moscou politicamente.
Um dia antes, o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, havia afirmado que o país não tinha planos sobre uma ação militar no leste da Ucrânia, mas se reservou ao direito de proteger a população da região. Segundo ele, a Rússia acredita que o novo governo de Kiev não está controlando a situação na maioria das cidades onde a população é de etnia russa. O país argumenta que tem a obrigação de proteger os seus cidadãos na Crimeia, depois que milhares de soldados fortemente armados (usando uniformes sem identificação) ocuparam a península.
Líderes europeus e norte-americanos já ameaçaram impor sanções econômicas ao governo de Moscou, se os soldados, supostamente russos, não deixarem a Crimeia e afirmaram ainda que não irão reconhecer o resultado do referendo. Por sua vez, o presidente Vladimir Putin sinalizou que não irá recuar com a votação.
O governo russo se disse preocupado com a informação de que cidades do leste ucraniano sofriam com os "excessos" ultranacionalistas. Na cidade de língua russa Carcóvia, duas pessoas foram durante confrontos entre grupos pró-Moscou e pró-Kiev nessa sexta-feira.
Segundo a polícia, dezenas de pessoas, de ambos os lados, foram presas. A violência teria eclodido quando um ônibus com nacionalistas ucranianos se aproximou de uma manifestação pró-Rússia, na praça principal da cidade. De acordo com o relato de testemunhas, o confronto verbal rapidamente se transformou em violência, que resultou em um tiroteio. Um policial foi baleado e ficou gravemente ferido.
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