A Rússia manteve o ex-funcionário de inteligência Edward Snowden à distância nesta sábado, dizendo que não esteve em contato com o fugitivo norte-americano e que não recebeu proposta formal de asilo político.
As considerações do ministro do Exterior Sergei Lavrov sinalizaram que a Rússia está pesando suas opções depois que Snowden, que está no aeroporto de Moscou, quebrou três semanas de silêncio e pediu refúgio à Rússia até que possa obter uma passagem segura para a América Latina.
Washington pediu que Moscou devolva Snowden para os Estados Unidos, onde ele é procurado por acusações de espionagem depois de revelar detalhes de programas secretos de vigilância, e o presidente Barack Obama falou pelo telefone com o presidente russo Vladimir Putin.
"Não estamos em contato com Snowden", atribuíram as agências russas a Lavrov, que teria feito a afirmação no Quirguistão, onde ele assistiu uma reunião de ministros.
Ele disse que soube da reunião de Snowden com ativistas russos de direitos humanos e figuras públicas no aeroporto na sexta-feira pelos meios de comunicação, "assim como todos os outros".
Snowden, que vinha se mantendo fora de vista desde a sua chegada na zona de trânsito do aeroporto em 23 de junho, disse aos ativistas que iria apresentar o seu pedido de asilo no mesmo dia.
Lavrov disse que, sob a lei russa, os requerentes de asilo devem primeiro fazer um apelo oficial para o Serviço Federal de Migração. Mas seu diretor, Konstantin Romodanovsky, disse neste sábado que a agência ainda não havia recebido o pedido de Snowden.
- Mercosul convoca embaixadores em países europeus por incidente com voo de Morales
- Dilma defende repúdio de Mercosul aos EUA por espionagem
- Snowden vai se reunir com grupos de direitos humanos
- Snowden pedirá asilo na Rússia até poder viajar para América Latina
- Snowden convoca ativistas de direitos humanos para "fazer declaração"
