A Rússia expressou nesta segunda-feira (6) preocupação com o aumento da possibilidade de uma intervenção militar estrangeira na Síria, após relatos de ataques aéreos israelenses no entorno de Damasco que, segundo Moscou, são uma fonte de "alarme particular".

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"Estamos seriamente preocupados com os sinais de preparação da opinião pública global para uma possível intervenção armada no prolongado conflito interno na Síria", disse o porta-voz do Ministério da Relações Exteriores da Rússia, Alexander Lukashevich, em comunicado.

Ele indicou que essas preocupações resultam em parte de relatos da mídia sobre a suposta utilização de armas químicas no conflito sírio, em que mais de 70.000 pessoas morreram em dois anos.

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A Rússia é um antigo fornecedor de armas para Damasco e tem defendido o presidente Bashar al-Assad, usando seu poder de veto no Conselho de Segurança da ONU para bloquear os esforços do Ocidente para retirá-lo do poder ou aumentar a pressão sobre seu governo para acabar com a violência.

A Rússia também está analisando os "relatos de ataques aéreos israelenses em 3 de maio e 5 de maio em locais nos subúrbios de Damasco, que causaram especial alarme", disse Lukashevich.

"A nova escalada do confronto armado aumenta drasticamente o risco de criação de novas áreas de tensão, além da Síria, no Líbano, e a desestabilização do ambiente até agora relativamente calmo na fronteira libanesa-israelense".

"A internacionalização do extremamente perigoso e destrutivo conflito interno na Síria não deve ser permitida", disse ele, pedindo "esforços decisivos destinados a mudar os acontecimentos na Síria de forma pacífica".

O governo de Assad considerou os ataques aéreos como equivalentes a uma "declaração de guerra" e ameaçou retaliar.

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Um parlamentar israelense disse nesta segunda-feira que os ataques não foram destinados a enfraquecer Assad diante da rebelião contra seu governo, mas sim garantir que o libanês Hezbollah, aliado de Assad, não receba armamentos de alta tecnologia.