O presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, disse nesta sexta-feira (19) que não quer disputas com o Ocidente, o que empurraria a Rússia para trás de uma nova "cortina de ferro", e culpou a Otan por provocar o conflito na Geórgia, no mês passado.
"Estamos, de fato, sendo empurrados por um caminho que não é fundado na parceria completa e civilizada com os outros países, mas em desenvolvimento autônomo, atrás de muros grossos, atrás de uma cortina de ferro", disse Medvedev em um discurso numa reunião de grupos civis.
"Este não é nosso caminho. Para nós, não faz sentido voltar ao passado. Fizemos nossa escolha", disse.
Ele também disse que o papel da Otan na Geórgia mostrou sua incapacidade de garantir a segurança na Europa, o que demonstra a necessidade de outro mecanismo de segurança.
Medvedev falou um dia depois de a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, fazer um severo ataque à Rússia, dizendo que o país tinha feito "uma virada sombria" e exigindo ao Ocidente que se defenda da intimidação dos russos.
Respodendo aos comentários de Medvedev, o porta-voz da Otan, James Appathurai, disse à Reuters: "Não há nada provocativo na parceria e também não há nada provocativo em promover reformas democráticas e econômicas, além de apoiar um país em suas intenções de se aproximar da comunidade Euro-Atlântica".
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