O presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, afirmou que seu país tem o apoio "unido" da China e de aliados na Ásia Central para as ações na Geórgia e disse que isso representa um "sinal sério" para o Ocidente. "Estou certo de que a posição unida dos Estados-membros da Organização de Cooperação de Xangai (SCO, na sigla em inglês) tem ressonância internacional", declarou. "Espero que isso sirva como uma sinal sério para aqueles que tentam transformar o negro em branco e justificar essa agressão" disse.

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Medvedev e o presidente da China, Hu Jintao, juntaram-se aos líderes de Casaquistão, Quirguistão, Rússia, Tajiquistão e Usbequistão para a reunião de cúpula da SCO, um grupo regional formado em 2001 para conter a influência da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na estratégica região da Ásia Central.

"O tema principal será o fortalecimento da estabilidade e da segurança na área da SCO"", disse uma autoridade do Kremlin. "O foco será o combate ao terrorismo, às drogas e à criminalidade transnacional com origem no Afeganistão", acrescentou. "Há também questões de cooperação socioeconômica, particularmente nos setores de energia, transporte, comércio, finanças, tecnologias da informação e agricultura.

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A reunião de cúpula na capital do Tajiquistão deve discutir ainda a adesão do Irã ao grupo. O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e o afegão, Hamid Karzai, devem comparecer ao encontro. Posteriormente, nesta quinta-feira, haverá uma reunião dos países de língua árabe, com a presença dos líderes do Afeganistão, do Irã e do Tajiquistão.

Mas as conversas deverão ser dominadas pelo impasse entre a Rússia e o Ocidente, após o breve conflito armado com a Geórgia neste mês, e o reconhecimento, por Medvedev, da independência de duas províncias rebeldes da Geórgia. "Naturalmente, vamos discutir isto", afirmou Natalya Timakova, porta-voz do Kremlin. "Isso não significa que vamos forçar as pessoas a reconhecer", declarou, referindo-se à independência das províncias da Abkázia e da Ossétia do Sul.

Medvedev convocou os demais países a reconhecerem a independência de ambas as províncias, mas nenhum outro país o fez até agora e os líderes do G-7 condenaram a atitude de Moscou. Ontem, Medvedev havia se reunido com Hu Jintao e o informado sobre a situação na Geórgia.