O chefe da companhia estatal de gás da Ucrânia, Naftogaz, Oleg Dubina, disse que não houve acordo para que a Rússia retome o fornecimento de gás natural para o mercado ucraniano. "Três dias de negociações deram em nada", disse Dubina aos repórteres após o encontro realizado hoje com representantes da gigante russa do setor de energia, a Gazprom OAO.

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As negociações sobre a oferta de gás para a Ucrânia estão sendo conduzidas paralelamente às conversas sobre a retomada do fornecimento para os consumidores europeus, embora o produto seja distribuído através de dutos que passam pela Ucrânia. Hoje, Rússia e a União Europeia (UE) assinaram um acordo para monitoração do fluxo de gás russo através da Ucrânia.

Contudo, o acordo - uma condição imposta pelos russos para retomada do fornecimento de gás para a Europa, que enfrenta um rigoroso inverno - ainda deve ser assinado pela Ucrânia para ter validade. Na Europa o fluxo de gás foi interrompido na última Quarta-feira. A Rússia cortou o fornecimento de gás para a Ucrânia no feriado de Ano Novo por conta de uma disputa sobre os preços pagos.

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Moscou afirma que só irá retomar as entregas depois que a Ucrânia aceitar pagar mais pelo gás neste ano. "A Rússia está propondo US$ 450 (por mil metros cúbicos de gás). Este preço não existe nem na Europa. As negociações terão que ser realizadas em esferas mais altas", disse Dubina. Em 2008, a Ucrânia pagou US$ 179,50 pelo gás, valor bastante inferior ao que é pago pelos demais países europeus.