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Eleição reflete o país

O premiê russo Vladimir Putin rebateu os questionamentos sobre os resultados das eleições legislativas de 4 de dezembro na Rússia e afirmou que eles refletem o "estado das forças no país", acrescentando que seu partido, a Rússia Unida, venceu o pleito de forma justa.

Essas são as primeiras declarações públicas de Putin desde as enormes manifestações de sábado em todo o país.

"A oposição sempre dirá que as eleições não são honestas. Isto é o que acontece em todas as partes e em todos os países", declarou Putin na tevê, ao ser questionado sobre os protestos sem precedentes registrados na Rússia após as eleições.

A oposição russa denuncia fraudes nas eleições e exige que os resultados sejam invalidados.

Não

O premiê sinalizou que não pretende ceder à proposta da oposição de repetir a votação, mas fez um aceno aos rivais ao propor a instalação de câmeras de vídeo nas seções eleitorais para a votação presidencial de 4 de março, na qual Putin é favorito.

A Rússia surpreendeu a comunidade internacional ontem ao apresentar um projeto de resolução ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) condenando a violência na Síria perpetrada por "todas as partes", segundo uma cópia do texto ao qual agências de notícias tiveram acesso.

Aliado-chave do presidente sírio, Bashar Assad, o governo russo tentou frear a intervenção do Conselho de Segurança na crise síria e, junto com a China, vetou uma resolução do conselho proposta pelos países europeus em outubro para condenar os ataques de Assad contra os manifestantes, os quais, segundo a ONU, deixaram 5 mil mortos.

No entanto, a Rússia pediu uma reunião de emergência das 15 nações sobre a Síria para propor uma nova resolução que os diplomatas ocidentais qualificaram como inaceitável, mas que afirmaram ser negociável.

A proposta condena a violência perpetrada "por todas as partes, incluindo o uso desproporcional da força por parte das autoridades sírias".

Por sua vez, o embaixador da França nas Nações Unidas, Gérard Araud, qualificou o fato como "extraordinário" e comemorou a decisão da Rússia de sair da inação, em um comunicado divulgado pelo site da missão. Os diplomatas russos não foram encontrados para comentar a proposta.

Mortes

Ontem, desertores do Exército da Síria mataram pelo menos 27 soldados e membros das forças de segurança durante três confrontos na província de Deraa, no sul do país, afirmou o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, sediado no Reino Unido.

Ataques feitos por desertores do Exército estão aumentando o risco de uma guerra civil na Síria. Ao mesmo tempo, sanções dos países ocidentais e da Liga Árabe aumentaram a pressão sobre o regime do presidente Bashar Assad. Não houve reivindicação de responsabilidade pelos ataques desta quinta-feira, mas o Exército Livre da Síria, organizado a partir da Turquia pelo coronel desertor Riad Asaad, costuma assumir esses atos.

"Nossa visão é a de que o regime sírio é como um homem morto caminhando", disse Frederic Hof, funcionário do Departamento de Estado do governo norte-americano. Ele disse que é difícil prever quanto Assad aguentará no poder, mas diz que "não vejo esse regime sobrevivendo por muito tempo".

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