Tropas e tanques russos ainda estavam organizados em várias áreas da Geórgia nesta terça-feira (19), aparentemente desafiando a pressão do Ocidente para que se retirem logo.

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Policiais armados georgianos e soldados russos guardavam postos de controle separados por apenas alguns metros na vila de Igoeti, no centro da Geórgia, a 45 quilômetros da capital Tblisi.

O Ministério da Defesa russo afirmou que a retirada do Exército começou, mas na segunda-feira um correspondente da Reuters que viajava para a cidade de Gori viu poucas evidências de uma retirada da área.

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O conflito começou há 10 dias, quando forças georgianas tentaram recapturar a Ossétia do Sul, que se separou de Tbilisi em uma guerra durante a década de 1990. A Rússia contra-atacou para dar apoio aos separatistas.

O ataque russo - sua maior organização militar fora de sua fronteira desde a queda da União Soviética em 1991 - contou com ataques aéreos a alvos econômicos da Geórgia, forçando o exército georgiano a recuar, e chocou o Ocidente.

Os Estados Unidos e a França pediram na segunda-feira uma rápida retirada russa em linha com um acordo de cessar-fogo mediado pelos franceses. Esse e outros pedidos similares não tiveram impacto visível já que Moscou negou-se a determinar um cronograma de retirada.

Uma autoridade norte-americana afirmou que ainda não há sinais de que as forças russas tenham começado a sair. A Geórgia diz que eles estão ampliando sua presença.

"Espero que o mundo tenha acordado para o que está acontecendo. Os russos deveriam sair do meu país", disse o presidente georgiano, Mikheil Saakashvili, na segunda-feira. "O pior que o mundo poderia fazer seria se comprometer e mostrar fraqueza".

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Ministros das Relações Exteriores da Otan vão se reunir em Bruxelas para discutir a crise na terça-feira.

Uma autoridade dos EUA afirmou que os norte-americanos vão pedir aos membros da Otan que considerem suspender as reuniões ministeriais com Moscou para pressionar a Rússia a respeitar o acordo de paz na Geórgia.