O ex-presidente iraquiano Saddam Hussein pode ser executado no dia 2 de janeiro, antes de os democratas assumirem o controle do Congresso dos Estados Unidos, segundo um de seus advogados, Ahmet Essadik. "A meu ver, a execução poderia acontecer em 2 de janeiro. Depois, será mais difícil, porque os democratas americanos, agora majoritários (no Legislativo), assumirão seus cargos em 3 de janeiro", indicou Essadik ao jornal francês "Le Parisien".

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O advogado, que advertiu que a execução de Saddam provocaria "a anarquia geral no Iraque", afirmou que "só a pressão da comunidade internacional" sobre a administração de George W. Bush poderia evitar o enforcamento do deposto presidente iraquiano.

Na terça-feira (26), o Tribunal Penal iraquiano ratificou a sentença de morte contra Saddam e dois de seus ex-colaboradores, ditada em novembro pelo Tribunal Especial que o declarou culpado pelo assassinato de 148 xiitas iraquianos da aldeia de Dujail. "Não há nenhum recurso jurídico. É uma decisão inapelável", explicou o advogado, para quem o governo dos Estados Unidos "concebeu este procedimento para que não haja nenhuma possibilidade de impedir esta execução".

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Essadik se reuniu com o ex-presidente iraquiano na terça-feira passada, antes da confirmação oficial da condenação. "Mas percebi que ele já sabia. Disse-nos que não tinha nenhum sentimento de vingança contra o povo americano, mas que os iraquianos deveriam organizar a resistência contra o ocupante estrangeiro", disse o advogado.

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