JERUSALÉM - Ariel Sharon é uma das figuras políticas mais importantes da história recente de Israel. Saiba mais sobre sua trajetória:
GENERAL - Como comandante de carreira do Exército, acumulou um histórico lendário de vitórias em campos de batalhas.
ASSENTAMENTOS - Predileto da extrema-direita por muito tempo, Sharon enfureceu árabes e pacifistas israelenses, defendendo ferrenhamente o estabelecimento de assentamentos para judeus em terras tomadas na guerra de 1967.
MASSACRE - O mundo árabe acusou Sharon de estar por trás da invasão de 1982 ao Líbano, em que cristãos libaneses aliados de Israel massacraram palestinos em dois campos de refugiados. Sharon foi forçado a renunciar o cargo de ministro da Defesa, depois que um inquérito concluiu que ele era indiretamente responsável, por não ter antevisto e impedido a matança. Sua carreira política ficou abalada.
ESTOPIM - Os palestinos acusaram Sharon de ter desencadeado seu atual levante, ao visitar, em setembro de 2000, o Monte do Templo ou Esplanada das Mesquitas, um local sagrado para judeus e muçulmanos. Muitos israelenses dizem que a revolta foi planejada, para forçar concessões depois que as negociações de paz patrocinadas pelos EUA chegaram a um impasse.
RETIRADA - Sharon chocou ultranacionalistas em 2003, ao anunciar seu plano unilateral de retirada dos 21 assentamentos israelenses da Faixa de Gaza e quatro dos assentamentos da Cisjordânia. A maioria dos israelenses apoiou a retirada, realizada em agosto e setembro deste ano. Mas alguns colonos resistiram até o fim.
PALESTINOS - Como líder do Likud, Sharon, que está com 77 anos, foi eleito primeiro-ministro duas vezes, em 2001 e em 2003, prometendo restaurar a segurança e sobrepujar a violência palestina. Depois da retirada da Faixa de Gaza, ele disse que Israel manteria grande parte da Cisjordânia, despertando acusações palestinas de má-fé nos esforços de paz.
JOGADA - A decisão de Sharon de abandonar o Likud e formar um novo partido foi uma jogada tipicamente ousada para reformular a cena política israelense. O objetivo dele é ser reeleito e levar adiante seus planos para encerrar o conflito com os palestinos.
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