Santiago - O número de saques a supermercados e farmácias no Chile aumentou, após o terremoto que atingiu o país. Os moradores de Quilicura, ao norte de Santiago, invadiram estabelecimentos, depois o mesmo ocorreu em Concepcion, cidade de meio milhão de habitantes, ao sul de Santiago.
Os saques também chegam à capital chilena. De acordo com a tevê local, ontem a polícia acionou bombas de gás lacrimogêneo para dispersar saqueadores em supermercados no bairro de Quilicura, no nordeste de Santiago.
A prefeita de Concepcion, Jacqueline van Rysselberghe, reconheceu que a situação no local está saindo do controle por causa do desabastecimento progressivo.
Dezenas de pessoas invadiram os supermercados Líder e Ekono em Quilicura, que permanece sem luz e água. Em Concepcion, foram saqueadas farmácias no centro da cidade, além de supermercados. Os moradores dividiram água potável dentro dos estabelecimentos.
A polícia do Chile reprimiu a ação, que foi filmada e exibida pela televisão estatal. Os policiais recorreram a jatos de água para dispersar a multidão.
Reunião
O ministro da Fazenda, Andrés Velasco, iniciou na tarde de ontem reunião com os executivos dos principais supermercados do país para discutir a situação após os saques e o temor de desabastecimento. A presidente Michelle Bachelet liderou uma segunda reunião com o Comitê de Emergência e colocou duas regiões no sul do país sob a responsabilidade do exército.
Entre os participantes estavam o dono da holding Cencosud, Horst Paullman, o gerente geral do D&S WalMart e um representante da Unimarc para conversas sobre o abastecimento de alimentos nas zonas afetadas pelo terremoto.
A prefeita de Concepcion informou ainda que estão sendo coordenadas medidas para minimizar os problemas. Ela declarou que o subsecretário do Interior, Patricio Rosende, a comunicou que um avião deveria chegar a cidade até o início da noite de ontem com alimentos para entregar à população.
Ela atribuiu os saques ao desabastecimento, que está começando na cidade. Também afirmou que as pessoas estão angustiadas por não saberem quando a situação voltará ao normal, mas condenou os saques, que não visam apenas alimentos.
O comércio na cidade está fechado desde o terremoto. As autoridades pediram ajuda às Forças Armadas para controlar a situação.
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