O presidente francês, Nicolas Sarkozy, poderá perder sua maioria no Senado para uma esquerda ressurgente na eleição que será realizada no domingo para metade dos assentos na câmara alta, o que seria um golpe eleitoral apenas sete meses antes das eleições presidenciais.
O Partido Socialista, de oposição, precisa conquistar apenas 23 novos assentos atualmente mantidos pelo governista UMP, o partido conservador de Sarkozy, dos 170 assentos que estarão em jogo no domingo para assim obter uma vitória que, segundo o presidente do Senado, Gérard Larcher (UMP), teria consequências "sísmicas".
O deslocamento para a esquerda nas sucessivas eleições locais em muitas das regiões, onde cerca de 150 mil autoridades municipais votarão na eleição do Senado, torna o aumento nos assentos da esquerda inevitável.
Sarkozy tem enfrentado alguns dos piores índices de aprovação entre os últimos presidentes da França, num momento em que os franceses estão descontentes com a recessão econômica e o desemprego persistente, e têm a percepção de que seu comportamento como presidente é muito impulsivo e pomposo.
"Não há dúvidas de que haverá um aumento nos assentos da oposição", disse nesta semana Bernard Accoyer, presidente da Assembleia Nacional, à rádio France Info.
Perder sua influência no Senado, onde o UMP tem 147 dos 343 assentos, contra 115 do Partido Socialista, enfraqueceria Sarkozy, ao menos simbolicamente, nos últimos meses de seu mandato, apesar de a Assembleia Nacional ter papel decisivo em matéria de legislação.
Sarkozy deve anunciar em novembro que irá concorrer a um segundo mandato nas eleições presidenciais de abril, e deve enfrentar o socialista François Hollande como principal rival.
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