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Sarkozy questionou retoricamente à ausência de Bush no conflito no Cáucaso: "Quando, em 8 de agosto, alguém teve que ir a Moscou ou a Tbilisi, quem defendeu os direitos humanos?" | Gerard Cerles / Reuters
Sarkozy questionou retoricamente à ausência de Bush no conflito no Cáucaso: "Quando, em 8 de agosto, alguém teve que ir a Moscou ou a Tbilisi, quem defendeu os direitos humanos?"| Foto: Gerard Cerles / Reuters

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, disse nesta quinta-feira (13), enquanto recebia um prêmio por sua "coragem política" durante a recente crise na Geórgia, que ele mostrou mais liderança que seu congênere norte-americano George W. Bush, que fracassou na questão. "Quando, em 8 de agosto, alguém teve que ir a Moscou ou a Tbilisi, quem defendeu os direitos humanos?", questionou retoricamente, em uma cerimônia no Palácio do Eliseu. O prêmio foi entregue pela revista Politique Internationale. "Foi o presidente dos Estados Unidos quem disse 'isso é inaceitável?' Ou foi a França quem sustentou o diálogo (entre os líderes da Rússia e da Geórgia)?"

A Rússia e a Geórgia lutaram uma breve guerra em agosto, após a Geórgia ter tentado retomar pela força a região separatista da Ossétia do Sul. Sarkozy mediou um acordo de cessar-fogo que acabou com as hostilidades. "Eu lembro da chamada do presidente norte-americano antes da nossa partida para Moscou: 'Não vão para lá, eles (os russos) querem avançar até Tbilisi, eles estão a 40 quilômetros da capital da Geórgia. Não vão lá, apenas condenem", disse Sarkozy.

"Nós estivemos lá com Bernard Kouchner (ministro do Exterior da França). Quando estávamos lá, o cessar-fogo foi anunciado", afirmou o presidente da França. Sarkozy deverá se encontrar na noite de hoje em Paris com o presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili. Ele falou antes do encontro de cúpula entre a União Européia e a Rússia, que deverá ocorrer nesta sexta-feira (13) na França.

Sarkozy, cujo país exerce a presidência rotativa da União Européia, deverá expressar desagrado aos russos pela guerra com a Geórgia, mas ao mesmo tempo precisa mover o bloco em direção a uma nova parceria estratégica com Moscou. As informações são da Dow Jones.

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