Ministros e comandantes militares do alto escalão se reuniram no palácio presidencial da Venezuela nesta terça-feira (5) após o governo anunciar que o presidente Hugo Chávez sofreu um sério revés em sua batalha contra o câncer.
O ministro das Comunicações da Venezuela, Ernesto Villegas, disse que Chávez teve uma piora em seu quadro respiratório, apresentando uma "nova e severa infecção".
No comunicado, transmitido na rádio e na TV, Villegas disse que Chávez --que voltou há duas semanas para a Venezuela após ser submetido a uma cirurgia em Havana, no dia 11 de dezembro-- vem se submetendo à quimioterapia de forte impacto e outros tratamentos complementares. O estado geral do presidente continua muito delicado.
"O comandante presidente se mantém apegado a Cristo e à vida, consciente das dificuldades que está enfrentando", disse Villegas. O governo continua acompanhando a família de Chávez em uma batalha, descrita por Villegas como "plena de amor e espiritualidade".
O canal estatal VTV chamou os seguidores do mandatário a se reunirem às 9h da manhã (10h30 de Brasília) na porta do hospital militar de Caracas, onde o presidente está internado.
María Gabriela Chávez, uma das filhas de Chávez, agradeceu no microblog Twitter as mensagens de carinho e de força para a recuperação de seu pai e disse que o mandatário e sua família "estão nas mãos de Deus". "Não fiquem tristes, meu povo! Elevemos nossas orações e não percamos nem um só instante de nossa fé. Todo meu amor e minhas forças a vocês!", afirmou. No último sábado, o vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse que Chávez, apesar de internado, continuava orientando a equipe de governo e tomando decisões econômicas e sociais. Chávez, 58 anos e no poder desde 1999, foi diagnosticado com câncer em meados de 2011, e desde então sofreu quatro operações em Cuba, com posteriores ciclos de quimioterapia e radioterapia.
Expulsão
O vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou nesta terça-feira (5) a expulsão de um funcionário da Embaixada dos Estados Unidos em Caracas, acusado de ameaçar a "estabilidade militar e política do país". Essa decisão, disse, foi tomada em nome do presidente Hugo Chávez. O anúncio foi feito perante ministros e comandantes militares do alto escalão, reunidos no palácio presidencial.