Mulheres em uma feira de livros na Arábia Saudita: homem foi preso por pedir o fim do controle sobre as mulheres no país| Foto: STRINGER/AFP

Um cidadão saudita foi condenado a um ano de prisão por pedir o fim do sistema de custódia vigente no reino, que dá aos homens amplo poder sobre as mulheres, informaram nesta terça-feira meios locais.

CARREGANDO :)

O homem, que também foi multado com 30 mil riais (US$ 8 mil) por um tribunal da cidade oriental de Damam, foi considerado culpado por “incitar o fim da tutela das mulheres” em declarações no Twitter e em cartazes públicos, segundo o jornal Okaz.

O acusado foi detido enquanto colocava cartazes em mesquitas do distrito de Al Hasa nos que pedia o fim desse sistema único que submete as mulheres do reino ao controle masculino.

Publicidade

Durante o interrogatório, a polícia descobriu que o detido tinha estado por trás de uma campanha on-line para acabar com esta normativa, segundo o jornal.

O acusado admitiu ter lançado uma “campanha de conscientização” após conhecer os casos de mulheres de seu entorno familiar que sofriam “injustiças nas mãos de suas famílias”, indicou a mesma fonte.

Em setembro, milhares de sauditas assinaram uma petição pelo fim deste sistema de tutela após uma campanha no Twitter lançada, segundo o tribunal, pelo acusado.

A Arábia Saudita é um dos países do mundo que mais impõe restrições às mulheres, e é o único que não permite que elas dirijam.

Jogador brasileiro advertido

Um jogador brasileiro que mora no país foi advertido por jantar fora com a mulher. O zagueiro Bruno Uvini, que já defendeu o São Paulo e atualmente está no Al Nassr da Arábia Saudita, foi advertido por postar fotos de um jantar em um restaurante em que sua esposa aparece. Pelas leis sauditas, homens e mulheres não podem frequentar o mesmo espaço. Ele foi advertido pelo Comitê para a Promoção das Virtudes e Prevenção do Vício (CPVPV) do governo

Publicidade