As pesquisas de opinião indicam que o atual presidente da Bolívia, Evo Morales, deverá ser reeleito neste domingo(6) e manter-se no poder por mais cinco anos. Pela legislação boliviana, para ser eleito basta que o vitorioso obtenha 50% do total de votos mais um ou então 40% (dos votos) com uma diferença de mais de dez pontos percentuais em relação ao segundo colocado.

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Líder do Movimento Esquerdista Boliviano Cocalero, Morales, de 50 anos, ganhou notoriedade internacional ao vencer as eleições, em primeiro turno, para presidente em 2005.

Primeiro indígena a chegar ao poder, Evo Morales é alvo de uma série de polêmicas em decorrência de suas ideias. O boliviano defende o plantio de coca como símbolo da tradição dos povos indígenas e liderou movimentos em favor de modificações na Constituição e na legislação eleitoral de seu país. É também um dos defensores mais duros de uma política de resistência ingerência norte-americana em temas da América Latina.

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Apesar de chamar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de amigo Morales não poupou o Brasil de suas ações. Em março de 2006, o boliviano anunciou a estatização de duas refinarias da Petrobras em seu território e impôs aumento no preço do gás comprado pelo Brasil. A iniciativa gerou controvérsias e prejuízos.

Em agosto de 2008, após a realização de um referendo revogatório de mandatos, Morales foi mantido no cargo de presidente. Ele conseguiu o apoio de 67,4%. Com um discurso incisivo e original, o presidente boliviano manteve o estilo de líder indígena inclusive nas roupas.

Recentemente, em setembro, Lula foi presenteado por Morales com um agasalho típico dos indígenas bolivianos feito com lã colorida e usou a peça durante um evento na cidade de Chimoré (interior da Bolívia). O boliviano, porém, não esconde que suas referências políticas são o ex-presidente de Cuba Fidel Castro e o presidente da Venezuela, Hugo Chávez.

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