O religioso que foi o secretário pessoal do falecido João Paulo II, monsenhor Stanislao Dziwisz, afirmou nesta sexta-feira que as últimas palavras que ouviu o Papa dizer antes de morrer foram "Totus Tuus" ("Todos Teus"), o lema de seu pontificado que homenageava a Virgem Maria.

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Em uma entrevista à rede de TV italiana "Canale 5", Dziwisz contou que João Paulo II estava consciente "até quase o fim" e que ele podia ouvir em seus aposentos os milhares de fiéia que rezavam por ele na vizinha Praça de São Paulo.

O religioso polonês de 66 anos, que neste sábado assumirá formalmento o cargo de arcebispo de Cracóvia, disse que "Totus Tuus" foram as últimas palavras que ele ouviu o Papa pronunciar, mas que duas freiras que também estavam nos aposentos escutaram o chefe da Igreja Católica dizer "Deixe-me ir com o Senhor".

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Nas primeiras declarações sobre os últimos momentos de João Paulo II, Dziwisz, que foi secretário do Papa por mais de 40 anos, contou que para o líder católico "a morte era uma passagem de um quarto para outro, de uma vida para outra".

- Ele estava sempre em contato com o Senhor, em estado que pode ser chamado contemplantivo - disse ele.

No último dia de vida de Karol Wojtyla, os que cercavam o Papa em seu quarto leram-lhe trechos do Evangélio de São João e celebraram uma missa, disse Dziwisz, acrescentando que João Paulo II tomou algumas gotas de cálice.

Perguntado sobre os milagres agora atribuído a João Paulo II, o monsenhor disse que o Papa "não queria ouvir falar de milagres. Dizi: 'milagres faz Deus, não eu. Eu rezo".

- Mas foram muitos os milagres ocorridos durante sua vida - acrescentou Dziwisz, antes de afirmar que sabia que estava ao lado de um santo.

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- Acho que todos sabiam. 'Por que a juventude o seguia? Porque buscava Deus através dele, descobria o Senhor em contato com ele. A juventude buscava o Senhor, não João Paulo II, e o encontravam através dele - concluiu.