O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, garantiu nesta quarta-feira (20) que a questão do enriquecimento de urânio pelo Irã não estará incluída no eventual acordo preliminar das negociações atuais entre as potências ocidentais (5+1) e Teerã em Genebra.
"O que decide ou não fazer um país ou o que é permitido fazer sob as regras é algo que depende de negociação", disse hoje Kerry em entrevista coletiva junto do secretário de Defesa, Chuck Hagel.
"Ainda não estamos nesse ponto. Estamos na etapa inicial, de determinar se há um primeiro passo que pode ser dado, e isso certamente não se resolverá em qualquer primeiro passo, posso assegurar", acrescentou Kerry.
O grupo de países que formam o G5+1 (Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China - membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, mais Alemanha) iniciaram hoje em Genebra uma nova rodada de negociações com o Irã, tida como crucial e que pode dirigir um primeiro acordo.
O objetivo das potências é alcançar um acordo preliminar de seis meses, tempo em que se negociaria um acordo integral de longo prazo, assinalou hoje um alto funcionário americano em Genebra.
Kerry indicou que o Tratado de Não-Proliferação Nuclear "não contém um direito estabelecido" a enriquecer urânio sem limites, o que "deve ser resolvido em negociações e estar sujeito a padrões, escrutínio e processo" dentro do diálogo de longo prazo com as potências do 5+1.
"É importante chegar a uma negociação e ver o que pode ou não ser alcançado", acrescentou. E reiterou que os Estados Unidos não permitirão" que este acordo (preliminar), caso seja alcançado, seja usado para ganhar tempo ou permitir que se aceite um acordo que não enfrente propriamente as preocupações fundamentais" do Ocidente sobre o programa nuclear do Irã.
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