O segundo médico estrangeiro interrogado pela polícia australiana sobre os atentados frustrados na Grã-Bretanha foi posto em liberdade, após responder as perguntas, e não serão empreendidas mais ações contra ele, informaram fontes policiais nesta quarta-feira (hora local).
O homem, brevemente interrogado na terça depois que um primeiro médico, o indiano Mohamed Haneef, de 27 anos, foi detido no aeroporto de Brisbane (leste) na segunda, não estava preso.
"A outra pessoa com a qual estivemos falando ontem (terça) já não está sob custódia policial", anunciou o delegado da polícia nacional australiana, Mick Keelty.
Mais cedo, responsáveis australianos destacaram que o segundo médico estava sendo interrogado devido às informações obtidas a partir do depoimento de Haneef, embora não tenham visto nenhum vínculo imediato entre este segundo médico e a trama dos atentados fracassados na Grã-Bretanha.
O segundo médico trabalhou no Hospital Goald Coast, perto de Brisbane, assim como Haneef, e foi contratado junto com este último procedente da cidade britânica de Liverpool.
Haneef deve ser interrogado novamente no período de até 48 horas a partir da noite de terça. No final da semana, deve-se decidir se serão apresentadas acusações contra ele, se será extraditado, ou solto, disse Keelty à imprensa local, acrescentando que o governo britânico ainda não fez qualquer pedido de extradição.
Nesta quarta-feira, o primeiro-ministro australiano, John Howard, anunciou que a Grã-Bretanha enviará um oficial de polícia a seu país para interrogar Haneef.
O oficial de polícia, especialista em terrorismo, chegará à Austrália na quinta-feira de manhã para interrogar Mohamed Haneef.
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