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O Senado boliviano recomendou ao governo do presidente Evo Morales que modere sua ênfase ideológica na política externa do país e pediu ao mandatário que opte por uma visão progressista para evitar a perda dos mercados dos Estados Unidos e da União Européia (UE). A recomendação foi aprovada em uma minuta de comunicação ao Executivo, após um relatório do chanceler David Choquehuanca.

"Acreditamos que é transcendente que o manejo ideológico das relações econômicas internacionais do nosso país no âmbito multilateral seja deixado de lado para priorizar uma visão progressista que promova a diminuição da pobreza através da geração de emprego digno", afirma a nota aprovada pelo Senado, que é dominado pela oposição. O comunicado faz referência à complicada negociação para um acordo de associação comercial entre a UE e a Comunidade Andina de Nações (CAN), formada por Bolívia, Peru, Equador e Colômbia. A Venezuela retirou-se no ano passado da organização.

Em seu relatório ao Senado, Choquehuanca afirmou que as negociações para um acordo com a UE tiveram um avanço de "97%". O governo boliviano é contra a privatização de serviços básicos e diverge dos europeus na questão da propriedade intelectual. Os senadores indicaram que a posição da Bolívia afastou-a do bloco Colômbia-Peru, o qual foi "reforçado" recentemente pelo Equador. Um encontro presidencial previsto para meados de outubro poderá destravar a negociação.

Os senadores também questionaram a "iminente suspensão das preferências tarifárias outorgadas" à Bolívia pelo governo dos EUA. Segundo eles, a país sul-americano perderá 40 mil empregos, embora o governo diga que esse número seja menor. O governo norte-americano propôs suspender a Bolívia do Sistema de Preferências Alfandegárias, que concede a países latino-americanos, argumentando que o país não colabora na luta contra as drogas.

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