Os advogados da família de Augusto Pinochet pediram a liberação do embargo de 2,5 milhões de dólares pertencentes ao ex-ditador chileno, num momento em que o senado negou à viúva uma pensão de quase 9.500 dólares, segundo fontes judiciais.
O pedido para levantar o embargo dos bens foi feito pelos advogados Fernando Rabat e Pablo Rodríguez ao juiz Juan González, que investiga um eventual enriquecimento ilícito do ex-ditador quando exerceu o poder entre 1973 e 1990.
A medida diz respeito aos cerca de 2,5 milhões de dólares que o ex-ditador mantinha no Banco do Chile e que deveriam ser liberados após a morte de Pinochet em 10 de dezembro, segundo alegação de seus advogados.
O juiz deverá se pronunciar nos próximos dias sobre a solicitação. A investigação foi aberta há dois anos, quando foram descobertas as primeiras de uma centena de contas bancárias mantidas em segredo por Pinochet e sua família no Riggs Bank de Washington e em outros países.
Já a comissão de regime interno do Senado rejeitou uma solicitação da viúva do ex-ditador, Lucía Hiriart, para receber uma pensão equivalente ao salário de um senador, que é de quase 9.500 dólares.
"Ela não tem direito algum à pensão, porque no momento da morte (no caso de Pinochet) todos os seus benefícios são cancelados automaticamente", explicou o senador do partido Democrata-Cristão Hosain Sabag.