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saúde

Senado dos EUA acusa laboratório de esconder riscos de remédio para diabetes

A Comissão Financeira do Senado dos EUA divulgou, no último sábado (20), o resultado de uma investigação de mais de dois anos sobre o aumento do risco cardiovascular de um medicamento para o tratamento de diabetes.

O grupo reviu mais de 250 mil páginas de estudos e pesquisas realizou audiências com os fabricantes, médicos e consumidores durante a investigação.

O relatório acusa o laboratório de conhecer os riscos do uso da substância, a rosiglitazona, e tentar diminuir o impacto das conclusões de estudos e tentar desacreditar pesquisas contrárias ao medicamento.

A polêmica foi estabelecida em 2007, quando foi publicado um estudo na revista "The New England Journal of Medicine" apontando um aumento do numero de problemas cardíacos em pacientes que usavam o remédio.

Na conclusão da comissão do Senado o texto cita o FDA, órgão regulador de medicamentos nos EUA, que afirma a possibilidade de que tenham acontecido mais de 80 mil ataques cardíacos causados pelo uso do remédio, desde 1999, quando foi liberado para venda naquele país.

No final do relatório a comissão cobra que o uso do medicamento seja revisto pelo FDA e que o laboratório melhore o treinamento quanto à utilização do remédio.

Empresa nega

O laboratório fabricante emitiu comunicado em escala mundial refutando as conclusões do relatório. Eles afirmam que os dados já haviam sido divulgados, que os achados não são conclusivos e que um estudo visando esclarecer os fatos está em andamento.

O terceiro pilar desse imbróglio, o FDA, também reagiu ao relatório e afirma que estão sendo revistos todos os documentos que existem sobre o tema. Em julho, em uma reunião já prevista do seu comitê de segurança de medicamentos, será apresentada a decisão desse painel de especialistas.

Os pacientes diabéticos que usam rosiglitazona devem conversar com seus médicos sobre o tema. De maneira alguma eles devem suspender o tratamento ou substituir o remédio por conta própria.

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