Os senadores Richard Durbin, John McCain e Chuck Schumer após a votação no Senado americano| Foto: Yuri Gripas/Reuters

O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira (27), por 68 votos contra 32, a maior reforma migratória desde 1986, que abre a via para a legalização e eventual de cidadania da população sem documentos, após quase um mês de debate.

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Embora para entrar em vigor a reforma requeira que a Câmara dos Representantes (Deputados) se pronuncie, e nela a oposição republicana é majoritária, o voto desta quinta-feira no Senado aumenta enormemente a pressão a favor de um acordo.

Quatorze senadores republicanos votaram a favor, incluindo o senador pela Flórida, Marco Rubio, figura ascendente do partido conservador, de quem se diz que poderia concorrer à Presidência dos EUA em 2016.

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Todos os democratas, majoritários na Câmara Alta, apoiaram a proposta legislativa.

A reforma migratória, negociada no Senado por quatro democratas e quatro republicanos, condiciona a legalização dos imigrantes ilegais à segurança de fronteira; aumenta drasticamente a vigilância na fronteira, e estabelece medidas para controlar futuros fluxos migratórios.

O voto pôs fim a três semanas de um intenso debate no plenário do Senado, que refletiu as divisões ideológicas em torno de como frear a imigração ilegal rumo aos EUA.

Obama

Em resposta à aprovação no Senado, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu à Câmara dos Representantes votar a favor da reforma migratória. Segundo ele, a medida abre uma via para a legalização e eventual cidadania daqueles que estão de modo ilegal no país.

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Hoje, "com um forte voto bipartidário", o Senado "deu um passo crítico que nos acerca a regular nosso quebrado sistema de imigração de uma vez por todas", destacou Obama em um comunicado divulgado pela Casa Branca.

O projeto aprovado pelo Senado foi resultado de um "compromisso" e "é consistente com os princípios fundamentais para uma reforma de bom senso que eu e muitos outros estabelecemos em repetidas ocasiões", declarou o presidente americano.

A medida do Senado estabelece "o plano de segurança fronteiriça mais agressivo de nossa história" e "um caminho para 11 milhões de pessoas que estão ilegalmente no país ganharem a cidadania", lembrou Obama.

Além disso, a reforma pretende "modernizar o sistema de imigração legal de modo que reflita nossos valores como nação e responda às necessidades urgentes de nosso tempo", acrescentou.

De acordo com Obama, a reforma também ajudará a dar "um grande impulso" à recuperação econômica dos EUA.

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"Hoje o Senado fez seu trabalho. Agora, a câmara (baixa) precisa fazer o mesmo", enfatizou o presidente, que se encontra em uma viagem oficial por Senegal, África do Sul e Tanzânia.

Após exaltar a aprovação da medida, Obama alertou que agora os "opositores" à reforma "tentarão" impedir o avanço da mesma com toda força.

"Não podemos deixar que isso aconteça", advertiu o presidente dos EUA ao pedir aos cidadãos falarem com seus representantes no Congresso para pedir a eles fazerem "o correto".

A reforma migratória negociada no Senado pelo "Grupo dos oito" - quatro democratas e quatro republicanos - condiciona a legalização dos imigrantes ilegais à segurança fronteiriça, aumenta drasticamente a vigilância na fronteira com o México e estabelece medidas para controlar futuros fluxos migratórios.

O voto de hoje pôs fim a três semanas de um intenso debate no plenário do Senado, que refletiu as divisões ideológicas em torno de como frear a imigração ilegal em direção aos Estados Unidos.

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"Temos uma oportunidade única para regular nosso quebrado sistema de imigração de uma maneira que respeite nossas tradições como nação de leis e de imigrantes. Só necessitamos que o Congresso termine esse trabalho", finalizou Obama.