O Senado da Itália vai realizar no mês que vem uma votação aberta para decidir se expulsa Silvio Berlusconi do Parlamento, depois que um comitê da Casa rejeitou o pedido do ex-premiê por um voto secreto.
A decisão vinha sendo motivo de intensas disputas políticas, já que os inimigos do bilionário magnata da mídia temem que um voto secreto possa permitir manobras de bastidores para ajudá-lo a escapar da cassação.
Um painel especial do Senado votou por 7 votos a 6 a favor do voto aberto, desconsiderando objeções do Partido Povo da Liberdade (PDL), de Berlusconi, o qual argumentava que os votos sobre senadores são tradicionalmente secretos.
Ainda não foi estipulada a data da votação, mas a agenda do Senado está cheia até 22 de novembro, o que iria requerer uma mudança na pauta da Casa para realizar a votação antes dessa data.
A previsão é que Berlusconi perca sua cadeira no Senado devido à condenação, em agosto, por uma gigantesca fraude tributária de seu império de televisão, a Mediaset. Mas o processo de expulsão está sendo longo e provoca divisões políticas, com o PDL repetidamente tentando adiá-lo.
O Senado, onde a maioria é a favor da expulsão de Berlusconi, tem de votar para que ele tenha sua cadeira removida, cumprindo assim uma lei aprovada no ano passado, pela qual os criminosos condenados são proibidos de ocupar um assento no Parlamento.