Moscou Um analista militar russo refuta as dúvidas expressadas pelos EUA sobre a veracidade do teste nuclear feito pela Coréia do Norte. "A execução foi detectada por nossos meios técnicos militares. Não tem erro", afirmou o general Vladimir Dvorkin, ex-chefe do Instituto de Pesquisas Científicas do Ministério da Defesa da Rússia.
O general disse que existe uma série de critérios que permitem "distinguir com grande precisão uma explosão nuclear de uma detonação convencional, como, por exemplo, as que envolvem toneladas de explosivo comum".
"As explosões atômicas e as não nucleares têm características diferentes no que se refere à onda expansiva, sua longitude e outros parâmetros", explicou Dvorkin, ao comentar as suspeitas de que o regime norte-coreano teria blefado.
O Ministério da Defesa da Rússia também confirma o teste. "A potência da explosão nuclear se situa entre 5 e 15 quilotons. Dispomos de informação exata sobre o lugar onde foi realizado o teste", disse o ministro Serguei Ivanov.
Garantia semelhante foi dada pelo ministro da Unificação sul-coreano, Lee Jong-Seok. Ele afirmou que Seul tem certeza de que Pyongyang realizou o teste, mas admitiu que vai demorar algum tempo para comprová-lo de maneira científica e objetiva.
"O governo acredita que a razão do anúncio oficial foi a intenção da Coréia do Norte de afirmar o seu status de potência nuclear de fato", comentou Lee. A Presidência sul-coreana foi mais precisa que o ministro em relação ao tempo: afirmou que demorará duas semanas para determinar se o teste nuclear anunciado ontem pela Coréia do Norte foi bem-sucedido.