O sindicalista Juan Efraín Mendoza Gamba, detido na semana passada em um acampamento das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), afirmou nesta terça-feira (3) que havia sido sequestrado. Gamba negou qualquer vínculo com os rebeldes e disse que não tinha escoltas oficiais, diferentemente do afirmado por fontes do governo.

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"Eu fui sequestrado pelas Farc", disse Gamba, que desde 2004 é o secretário-geral da Federação Nacional Sindical Unitária Agropecuária (Fensuagro). "Simpatizo com a causa dos pobres, não com a via armada", acrescentou ele, em entrevista à rádio Caracol de uma prisão da capital.

Membros da Central Unitária de Trabalhadores (CUT), uma das principais agremiações do país, disseram que tratava-se de um caso "individual" e Gamba deveria explicar à Justiça o ocorrido. O detido disse que, na quarta-feira passada, enquanto esperava um ônibus em Bogotá, dois homens o obrigaram a entrar em um carro e levaram-no para um acampamento das Farc. O acampamento fica no departamento (Estado) da Cundinamarca, no centro colombiano.

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O ministro de Proteção Social, Diego Palacio, pediu à CUT e à Fensuagro que esclareçam o caso. Palacio afirmou que Gamba tinha três seguranças e andava de carro blindado, pois havia recebido ameaças desde 2003 de paramilitares. Há constantes debates entre o governo e os sindicatos sobre a proteção a sindicalistas ameaçados por grupos armados ou por supostos laços de alguns deles com guerrilheiros.

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