A Síria firmou nesta segunda-feira um compromisso com a Liga Árabe para permitir a entrada de observadores da entidade no país, como parte de um plano de paz que tem o objetivo de pôr fim a nove meses de repressão aos protestos contra o regime do presidente Bashar al-Assad.
O acordo também prevê a retirada das forças de segurança das cidades onde há manifestações antigovernamentais, libertação de presos políticos e início de conversações com dissidentes.
No entanto, o secretário-geral da Liga, Nabil Elaraby, disse após a assinatura do protocolo sobre o ingresso dos observadores que não há plano imediato para levantar as sanções impostas à Síria quando se recusou a permitir a entrada dos monitores.
Elaraby declarou que os observadores agora vão determinar se o governo sírio está ou não cumprindo o compromisso firmado.
"O protocolo é um mecanismo para entrar na Síria e garantir livre movimentação para assegurar a implementação da iniciativa árabe sobre a Síria. O que conta é a boa fé na sua implementação", afirmou Elaraby.
Havia várias semanas a Síria estava retardando a assinatura do protocolo sobre a entrada de observadores no país, embora tenha concordado com outras partes do plano. Segundo estimativas da ONU, mais de 5 mil pessoas já morreram no país desde que se iniciaram os protestos contra o governo.
Como forma de pressão para o fim da repressão, semanas atrás a Liga suspendeu a Síria e impôs sanções contra o país.
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