A Síria pediu garantias escritas de que seus oponentes irão baixar realmente suas armas, antes do governo retirar suas tropas das cidades, atrapalhando a proposta de trégua da Organização das Nações Unidas (ONU), que devia ter começado há dois dias.
Em um documento divulgado neste domingo (9), o porta voz do Ministério das Relações Exteriores, Jihad Makdessi, disse que as informações de que Damasco iria tirar suas tropas até terça-feira estavam erradas. Ele afirmou que o enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, não deu, até o momento, ao governo sírio "garantias escritas de que os grupos armados terroristas irão acabar com todas as formas de violência e baixar armas". Sem essas garantias, o governo sírio não deve retirar as tropas das áreas urbanas.
Annan disse, na semana passada, que o presidente sírio, Bashar Assad, havia aceitado um acordo que previa a retirada das tropas do governo de centros urbanos até terça-feira, o que seria seguido por um cessar-fogo conjunto dos dois lados. A trégua abriria caminho para negociações entre o governo e a oposição para por fim à crise que já dura um ano que, segundo a ONU, já matou mais de 9 mil pessoas. As informações são da Associated Press.