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Tropas sírias capturaram hoje (13) um subúrbio ao sul de Damasco, enquanto o governo leva adiante uma ofensiva militar que já resultou na retomada de quatro outros redutos da oposição próximos à capital, informa a mídia estatal do país. Por mais de um ano, grande parte do cinturão de bairros e cidades ao sul de Damasco servem de bastião aos rebeldes que tentam derrubar o presidente Bashar Assad.

Com ajuda de combatentes xiitas enviados do Líbano pelo Hezbollah e outro grupos militantes do Iraque, as forças do governo sírio tem feito avanços significativos nas últimas semanas. Paralelamente, Assad reforça a defesa da capital e suas principais portas de entrada.

Os recentes avanços do governo podem dar a Assad uma posição mais forte nas negociações de paz que Rússia e Estados Unidos tentam convocar desde maio.

A cidade de Hejeira foi a mais recente localidade sob domínio rebelde retomada pelas forças governamentais, que nesta quarta-feira passaram a controlar o local. A oposição não conseguiu sustentar a posição depois que os militares de Assad tomaram a cidade vizinha de Sabina. O Observatório para Direitos Humanos na Síria, sediado na Inglaterra, confirmou a manobra, mas assegurou que ainda há focos de resistência.

Enquanto o governo expulsa os rebeldes de vários pontos-chave ao redor da capital, a oposição continua atacando à distância o centro de Damasco, atirando uma chuva de morteiros diariamente na cidade.

Na quarta-feira, cápsulas de morteiro atingiram dois barros da capital síria, matando ao menos duas pessoas e ferindo outras 20 de acordo com a agência estatal SANA. Segundo o Observatório de Direitos Humanos, teriam sido três mortes.

O diretor do observatório, Rami Abdurrahman, disse que helicópteros do governo soltaram bombas em posições rebeldes dentro de Tel Hasel, que é a única ao longo da rodovia que está sob controle da oposição.

A ofensiva do governo acabou indo contra os esforços diplomáticos para convocar uma conferência de paz em Genebra e encontrar uma solução política para o conflito.

O principal grupo de oposição apoiado pelo Ocidente, a Coalizão Nacional Síria, essa semana disse estar pronta para comparecer às negociações de paz, mas apenas se determinadas condições forem atendidas. O grupo exige que o governo permita a entrega de ajuda humanitária em áreas sitiadas e a liberação de prisioneiros políticos.

As perspectivas para a conferência estão ainda mais obscuras por conta de uma disputa sobre o possível governo de transição. A oposição, que tem pouco apoio dentro da Síria, quer que um futuro governo transicional exclua a participação de Assad e seus aliados próximos, o que a presidência atual já rejeitou.

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