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WikiLeaks

Site cita ação guerrilheira de Dilma

Defensores de Julian Assange protestam em Melbourne, Austrália, por sua libertação | William West/AFP
Defensores de Julian Assange protestam em Melbourne, Austrália, por sua libertação (Foto: William West/AFP)

Brasília - A presidente eleita, Dilma Rous­­seff, recebeu com "tranquilidade" a informação de que a diplomacia dos Estados Unidos afirmou em telegrama confidencial de 2005 que ela, então recém-nomeada para a Casa Civil, "or­­ganizou três assaltos a bancos" e "planejou o legendário assalto popularmente conhecido como roubo ao cofre do Adhemar" na ditadura.

Segundo fontes do governo de transição, ela "demonstrou tranquilidade e não fez nenhum comentário".

Ainda de acordo com interlocutores, não está confirmado um encontro de Dilma com o número três da diplomacia americana, William Burns, que na segunda-feira desembarca em Brasília para encontrar com o governo de transição e representantes do governo Lula.

No telegrama vazado pelo WikiLeaks, não há nenhuma menção à fonte da informação. O embaixador dos EUA em Bra­­sília, Thomas Shannon, disse que o governo dos EUA não tem informação que confirme essas alegações. "Ao contrário, nós temos uma longa e positiva relação com a presidente eleita".

No caso das ações armadas, há coincidência entre o que está no telegrama dos EUA e um trecho do livro "Mulheres que Foram à Luta Armada", do jornalista Luiz Maklouf Carvalho (1998). Não há até hoje, entretanto, evidências concretas sobre a participação de Dilma em ações armadas. Dilma nega ter participado de ações armadas quando militou em organizações de esquerda, nos anos 60.

Espionagem

O governo dos Estados Unidos está na iminência de indiciar o fundador do WikiLeaks por es­­pionagem, disse Jennifer Robin­­son, advogada de Julian Assange, segundo o site da ABC News.

Assange está detido em Lon­­dres por crimes sexuais que te­­riam sido cometidos na Suécia.

Robinson disse que as leis so­­bre espionagem norte-americanas não se aplicam a Assange e que ele pode solicitar a proteção da Primeira Emenda, que garante a liberdade de expressão.

"Acreditamos que ela se aplique ao senhor Assange e que, no caso, ele tem direito às proteções da Primeira Emenda como editor do WikiLeaks e que qualquer processo sob o ato de espionagem seria, do meu ponto de vista, inconstitucional e colocaria em risco todas as organizações de mídia nos Estados Unidos", disse Robinson Said.

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