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O ex-analista da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA), Edward Snowden, teme sofrer algum atentado das autoridades americanas, segundo disse ao canal público alemão "ARD", na primeira entrevista televisiva que dá em nível mundial e que será transmitida na noite deste domingo.

"Os representantes do governo me querem morto" assegurou Snowden na conversa com o jornalista alemão Hubert Seipel.

Como prova destas intenções, Snowden mencionou um artigo publicado no site Buzzfeed no qual membros do Pentágono teriam manifestado sua vontade de acabar com a vida do ex-analista de inteligência.

"Estas pessoas, que são funcionários do governo, disseram que gostariam de me dar um tiro na cabeça ou me envenenar quando saia do supermercado e ver como morro debaixo do chuveiro" disse Snowden durante a entrevista.

Snowden, acusado pelos EUA de espionagem e traição, e que atualmente está asilado na Rússia, também reiterou seu convencimento que os serviços secretos dos EUA espionaram as empresas de vários países.

"Se há alguma informação da Siemens que possa servir aos interesses dos Estados Unidos, embora não tenha a ver com a segurança nacional, eles irão atrás dela apesar de tudo" comentou.

Esta afirmação se choca com as da porta-voz da NSA, Vanee Vines, recolhidas pelo jornal "The New York Times", no último dia 14 de janeiro e nas quais negava dita prática.

"Nós não usamos nossos serviços de inteligência para roubar segredos comerciais de companhias estrangeiras em benefício das empresas dos EUA e sua competitividade internacional", afirmou Vines.

Snowden também explicou que já não se encontra em posse de nenhuma informação e que entregou tudo a vários jornalistas escolhidos para que se encarregassem de sua publicação. EFE

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