| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

José Walter Bautista Vidal, responsável pelo programa Pró-Álcool na década de 70, se mostra preocupado com a estratégia de empresas norte-americanas de adquirir usinas brasileiras. Apesar de ainda não haver nenhuma ação concreta, segundo ele, é importante se manter atento para a questão de soberania nacional, especialmente porque o governo dos EUA já sinalizou a possibilidade de financiar os investimentos no Brasil. "A questão energética é uma questão de estratégia mundial. Sem energia não há trabalho, indústria, agricultura, não há nada. Os EUA fundamentaram sua estrutura energética no petróleo – no petróleo dos outros, que fique claro. Faz mais de 30 anos que o mundo percebeu que se tornou dependente de um único combustível, e agora buscam outras soluções", relembrou.

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Bautista Vidal lembrou do conflito da produção do etanol norte-americano, baseada no milho, que pressiona o preço dos alimentos, e da produção brasileira, da cana-de-açúcar, "que é apenas uma sobremesa". Ao passo em que McCain foi o único a citar o etanol brasileiro durante os debates, a assessoria de Obama já afirmou que entre suas propostas para a área energética é "deixar o milho para trás e partir para a segunda geração de biocombustíveis avançados." Para Vidal, ainda não houve um fato concreto que venha comprometer o futuro, "mas é importante permanecer atento à nossa soberania."

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