A maioria dos sobreviventes do Holocausto que vivem em Israel sofrem de depressão, problemas para dormir e outras desordens emocionais, segundo uma pesquisa divulgada nesta terça-feira pela Fundação para o Benefício das Vítimas do Holocausto.
O relatório foi apresentado na véspera do Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, que este ano marca o 65º aniversário da libertação do campo de concentração de Auschwitz, nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial.
A pesquisa descobriu que dois terços dos 220 mil sobreviventes que moram em Israel sofrem de alguma desordem. O estudo, conduzido pelo Centro de Pesquisas sobre Idosos em Israel, do Instituto Myers-JDC-Brookdale, foi baseado em dados abrangentes do governo sobre todos os sobreviventes.
Uma pequena amostra de 400 sobreviventes que recebem atendimento em casa mostrou que metade sofre de depressão e 80% têm problemas para dormir.
Cerca de 6 milhões de judeus foram mortos pela Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial.
Exército aliados libertaram milhares de judeus extenuados dos campos nazistas nos últimos meses da guerra. O último estudo concluiu que muitos dos sobreviventes dos campos, bem como um grande número de judeus que sobreviveu à guerra, mas não passou pelos campos nazistas, continua permanentemente assustado pelas experiências durante o Holocausto.
Zeev Factor, presidente do grupo que divulgou o relatório, disse que as necessidades dos sobreviventes do Holocausto aumentam na medida em que eles envelhecem.
"A principal questão é fazê-los superar a solidão", disse Factor, que também é sobrevivente de Auschwtz. "São pessoas muito velhas, muitas estão absolutamente sozinhas e não têm família".
Segundo Facto, a aposentadoria só aumenta o tormento. "Eles têm todo o tempo para viver o passado de novo", disse ele.
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