Mais de 1.800 soldados sauditas entraram ontem no Bahrein, para ajudar a proteger instalações de petróleo e energia, devido à onda de protestos contra o governo do país, segundo disse hoje um funcionário da Arábia Saudita. "Os soldados sauditas são parte de uma força militar conjunta dos países do Golfo", disse o informante, que pediu anonimato.

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Os soldados são parte dos Estados do Conselho de Cooperação do Golfo (GCC, na sigla em inglês), afirmou o Wall Street Journal. O Conselho inclui Arábia Saudita, Kuwait, Emirados Árabes, Catar Omã e Bahrein. A força trabalhará sob as diretrizes do governo do Bahrein. "A Arábia Saudita tomou parte porque é um membro do GCC e se preocupa com a segurança regional," acrescentou.

Os grupos oposicionistas da maioria xiita do Bahrein afirmam que planejam escrever ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e aos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU para protestar contra a chegada de tropas estrangeiras ao Bahrein. Segundo eles, essa ação é equivalente a um ato de guerra.

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"A entrada no Bahrein da Arábia Saudita e outros Exércitos do Golfo para enfrentar o povo desarmado significa que o povo do Bahrein corre grande risco de uma guerra lançada por um Exército de fora, sem uma declaração formal de guerra", afirma a carta dos grupos de oposição. Segundo eles, trata-se de uma "flagrante ocupação do país", que é "contrária a todos os acordos internacionais em épocas de paz ou guerra".

Após semanas de protestos contra o governo, a polícia do Bahrein que utiliza gás lacrimogêneo e balas de borracha, não tem conseguido evitar que os manifestantes, em sua maioria xiitas, ocupassem grandes áreas do distrito financeiro da capital, ontem lançando uma ameaça à economia do país. As informações são da Dow Jones.