Soldados sírios chegaram ontem a cidades a bordo de tanques e fizeram barreiras de areia, portando metralhadoras, em uma ofensiva oficial contra os dissidentes que devem se manifestar nesta sexta-feira (13) por reformas políticas. A crise e a repressão do presidente Bashar Assad deixam a Síria cada vez mais isolada internacionalmente.

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Estão previstas para esta sexta-feira mais manifestações contra o regime. Na véspera, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton condenou a violência do governo contra civis e disse que a violência mostra a debilidade de Assad. "Tratar assim seu próprio povo é na verdade um sinal de grande debilidade", avaliou Hillary.

Assad, de 45 anos, está determinado a acabar com os protestos que já duram dois meses, apesar da pressão internacional e das sanções europeias e norte-americanas. O governo dele liderou uma das repressões mais brutais, dentro da onda de revoltas populares no mundo árabe.

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Organizadores de protestos convocaram uma manifestação para hoje apesar das operações militares. "As autoridades estão prendendo qualquer pessoa que possa ser manifestante", disse Rami Abdul-Rahman, diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos. Abdul-Rahman disse que vários dos presos tiveram de assinar papeis dizendo que nunca mais participariam de "distúrbios". Hillary disse ontem que as autoridades sírias cometem "prisões ilegais, tortura e negam serviços médicos a pessoas feridas".

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