Mais de cem soldados ucranianos, incluindo possíveis mortos e feridos, foram sitiados pelas milícias pró-russas em Lugansk, informou nesta quarta-feira o governador da região Gennady Moskal.
"A situação pode ser considerada crítica. É impossível se aproximar do lugar dos combates devido aos contínuos bombardeios com armamento pesado em uma zona de floresta", disse Moskal a agências locais.
Segundo a fonte, 112 soldados do Exército e da Guarda Nacional teriam caído em uma emboscada na zona de Bajmutka planejada pelas milícias pró-russas, que dispõem de cerca de 20 de tanques.
Moskal acrescentou que vários deles, incluído o comandante de um batalhão e alguns militares feridos, foram feitos prisioneiros pelos insurgentes.
O governador destacou que os representantes da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) na Ucrânia se mostraram de acordo a respeito de uma trégua imediata com os separatistas, mas os combates continuam.
Para Moskal, os milicianos locais não se subordinam aos dirigentes da autoproclamada república popular de Lugansk e não se sentem obrigados a respeitar nenhum cessar-fogo, enquanto os soldados ucranianos permanecem na zona.
Após vários dias de relativa calma, os combates se intensificaram em Lugansk e Donetsk, coincidindo com a nomeação de um novo ministro da Defesa, o antigo chefe da Guarda Nacional, Stepan Poltorak.
Ambos os lados firmaram no dia 5 de setembro um acordo de cessar-fogo, oficializado duas semanas depois no Memorando de Minsk, que contempla a criação de uma zona de segurança sem armamento pesado e livre de minas de 30 quilômetros de extensão.
A Rússia decidiu retirar suas tropas da fronteira com a Ucrânia às vésperas da reunião com os presidentes de Ucrânia, Petro Poroshenko, e Rússia, Vladimir Putin, sexta-feira, em Milão.