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Termina hoje a cobertura da Gazeta do Povo das eleições argentinas em Buenos Aires. Jornalistas daqui contavam no domingo, após a vitória de Cristina, que quando Raúl Alfonsín foi eleito presidente, no retorno da democracia, em 1983, mais de um milhão de pessoas se encontraram no Obelisco, o monumento símbolo da cidade, na Avenida 9 de Julho (a mais larga do mundo, segundo os locais), para comemorar. O número veio caindo eleição após eleição. Ontem, meia dúzia de "gatos-pingados" comemorava por ali. Há um componente óbvio nessa redução de pessoas se manifestando nas ruas, que é o simples fato de o regime político já estar consolidado, com 25 anos.

Que Cristina tenha usado a força e o poder do Estado para se promover, isso não é lá muita novidade para um país latino-americano. O anacronismo político do continente também é evidente aqui. Nas viagens internacionais realizadas durante a campanha, inclusive para o Brasil, quem bancou a então primeira-dama-candidata foi a Casa Rosada (leia-se: o povo argentino). Que ela tenha sido eleita com um discurso populista e maquiado, num país conhecido pela educação e inteligência, é uma dessas contradições que fazem de Jorge Luis Borges e Maradona os reis da mesma terra. Sorte aos "hermanos"!

E a você, leitor, fica o comprometimento da Gazeta do Povo de acompanhar o governo da senhora Kirchner – e tudo o que ele implicar ao Brasil e ao Paraná.

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