Tsunami
Jornal anuncia morte de brasileira
Folhapress
São Paulo - Reportagem do jornal neozelandês The Dominion Post afirmou ontem que uma brasileira teria morrido no tsunami que atingiu as ilhas de Samoa na terça-feira. A mulher, que estaria hospedada em um resort na ilha de Upolu, a região mais atingida, não teve a identidade revelada. O Itamaraty disse não ter informações de brasileiros mortos em Samoa. O tsunami deixou um saldo de mais de 150 mortos.
Procura
Brasileiro desaparece em Sumatra
Da Redação com agências
O cirurgião plástico carioca Ricardo Fabrini, 40 anos, está desaparecido na região de Padang, na Indonésia, após um terremoto devastar a ilha de Sumatra. A mãe de Ricardo, Naira Fabrini, disse que o médico, que é surfista amador e passa férias na Indonésia, enviou um e-mail no último dia 30, cerca de quatro horas antes do terremoto, em que avisava que estava iniciando um passeio de barco.
"Seria a última parte de uma viagem que começou no início de setembro. Ele sempre entra em contato avisando onde está. O e-mail foi o último contato que fez comigo", contou a mãe do médico, que disse já ter tentado falar com o Itamaraty, sem sucesso por enquanto.
Ricardo Fabrini deixou o Rio no último dia 2 de setembro e tinha previsto retornar ao Brasil no início de outubro.
No dia 30, chegou à cidade de Padang capital da província de Sumatra Ocidental e a mais atingida pelo terremoto para fazer um passeio de barco a ilhas vizinhas que duraria pouco mais de uma semana. Desde então não foi mais contatado.
Ajuda
A ajuda enviada pela comunidade internacional começou a chegar ontem à ilha indonésia de Sumatra. O Ministério da Saúde informou que, após o apelo do governo, 28 toneladas de suprimentos, incluindo água, medicamentos e alimentos, chegaram a aeroportos regionais e foram distribuídas aos necessitados.
Padang - Até 3 mil pessoas podem estar soterradas entre os escombros dos milhares de prédios que foram destruídos pelo terremoto que arrasou a Ilha de Sumatra, na Indonésia, na quarta-feira, e já matou mais de 1.100 pessoas.
O número de soterrados foi confirmado pelas equipes de socorristas, que ontem dois dias após o tremor resgataram duas estudantes vivas em Padang, a cidade mais próxima ao epicentro do terremoto.
A professora Suci Revika Wulan Sari foi retirada deopis de passar 48 horas entre os destroços do colégio. Ele permaneceu a maior parte do tempo entre paredes que desabaram e entre corpos de estudantes que morreram no terremoto.
Cerca de oito horas antes, as equipes de resgate tiraram dos destroços, sob aplausos dos que acompanhavam a operação, a estudante Ratna Kurniasari Virgo, de 21 anos. "Ela ficou presa entre seus amigos mortos. Mas, por sorte, resistiu. Sua perna estava quebrada, mas tentaremos evitar a amputação", disse o médico Dubel Mereyenes.
Autoridades da Indonésia admitiram que estão tendo muitas dificuldades em lidar com a tragédia e pediram ajuda. "Nós precisamos de auxílio do exterior para retirar os sobreviventes. Precisamos de socorristas e de equipamentos. Há milhares de pessoas presas nos destroços e não estamos conseguindo retirá-las, o ministro da Saúde, Siti Fadilah Supari.
Priyadi Kardono, porta-voz da agência de gerenciamento de desastres do ministério, afirmou que 20 mil prédios e casas foram seriamente danificados ou destruídos. Segundo Kardono, mais de 2.400 pessoas permanecem hospitalizadas.
Buscas
Equipes de salvamento da Indonésia trabalham na busca por desaparecidos, no atendimento a desabrigados e na remoção de escombros.
"A situação na cidade de Padang é ruim, mas não devemos esquecer das zonas rurais próximas, onde vilas inteiras ficaram devastadas", advertiu em Genebra a coordenadora de operações da Federação Internacional da Cruz Vermelha, Christine South.
O presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, pediu paciência aos familiares e amigos dos desaparecidos, e lhes garantiu que "ainda há esperança".
Um menino que estava em uma escola destruída em Padang foi resgatado após 40 horas soterrado sob os escombros e relatou que muitos de seus colegas estavam vivos.
A Indonésia se situa sobre o chamado "Anel de Fogo do Pacífico", uma zona de grande atividade sísmica e vulcânica que é atingida por cerca de 7.000 tremores por ano, moderados em sua maioria.