O governo do Sri Lanka libertou 612 presos por conta da visita do papa Francisco, que oficiou nesta quarta-feira uma grande missa na capital do país, Colombo, perante milhares de pessoas, informou o comissário geral de Prisões do Sri Lanka, Chandhrarathna Pallegama.
Ele explicou que todos cumpriam penas pequenas e estavam presos por se encontrarem em fase processual e não tinham tido condição de pagar a fiança, ou porque tinham cometido infrações como a falta de pagamento de multas ou eram pessoas que tinham mais de 75 anos.
"Em nenhum caso houve libertação por crimes importantes como estupro, abuso, assassinato, tráfico ou nada parecido", garantiu o comissário, afirmando que o Ministério da Justiça deu seu sinal verde.
O pontífice realizou hoje uma intensa jornada no segundo dia de uma visita de pouco mais de 48 horas ao Sri Lanka, a primeira de um papa desde 1995, quando João Paulo II esteve no antigo Ceilão. Francisco fez hoje uma chamada à unidade entre cingaleses e tâmeis, após 26 anos de guerra civil, durante uma oração no Santuário de Nossa Senhora de Madhu.
Em seu último ato no Sri Lanka, Francisco se tornou o primeiro pontífice a pisar em território tâmil.
Segundo fontes oficiais, o Sri Lanka tem três prisões principais e 29 instituições penitenciárias que abrigam uma população de 19 mil réus, 12 mil deles cumprindo pena.