O ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, passará a noite preso em Lille, no norte da França, depois que o juiz que instrui a investigação de um suposto caso de prostituição e desvio de fundos decidiu prolongar o interrogatório iniciado nesta terça-feira (21).
O magistrado deseja continuar perguntando a Strauss-Kahn sobre seu papel dentro da investigação de uma rede de prostituição que organizou encontros sexuais dos quais participou o político francês.
Strauss-Kahn, de 62 anos, chegou na primeira hora desta terça-feira à delegacia de Lille. A lei permite manter uma testemunha sob detenção até 96 horas, embora talvez o ex-responsável do FMI não permaneça mais de 48.
Ao término do interrogatório, Strauss-Kahn pode ser posto em liberdade sem acusações ou processado pelos crimes de prostituição e desvio de fundos públicos, pelos quais pode ser condenado a penas de até 20 anos de prisão.
A polícia tenta elucidar a responsabilidade de Strauss-Kahn em uma rede de prostituição pela qual já foram processadas oito pessoas.
O político participou de festas em Lille, Paris e Washington, nas quais havia prostitutas, organizadas por amigos seus; a última às vésperas dia 14 de maio de 2011, quando foi detido em Nova York após a denúncia de estupro apresentada por uma camareira de hotel, o que lhe obrigou a renunciar ao comando do FMI.
Os investigadores tentam determinar se Strauss-Kahn participou da rede ou, como assegura a maioria das testemunhas, participava desses encontros sem saber que as mulheres presentes eram prostitutas.
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