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A queda de Dominique Strauss-Kahn, que renunciou ontem de seu posto de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), era esperada, afirmou a líder do partido de extrema-direita Frente Nacional, Marine Le Pen. Segundo ela, esse quadro era previsto pela reputação de "assediador" do político do Partido Socialista em círculos parisienses.

"Todos os círculos políticos e a mídia citam rumores sobre não apenas o comportamento, digamos, de sedutor crônico de Strauss-Kahn, mas também de assediador", afirmou Marine Le Pen em entrevista à rádio RMC. "Um certo número de seus opositores políticos sabia que seu comportamento quase patológico seria uma vantagem para eles na campanha presidencial".

Le Pen atacou ainda a União por um Movimento Popular (UMP), partido governista do presidente Nicolas Sarkozy, e o Partido Socialista, de oposição, por ignorarem as falhas de Strauss-Kahn. "Eles estavam prontos para levar esse homem à chefia do Estado francês, da mesma forma que Sarkozy esteve pronto para colocá-lo no comando do FMI, sabendo desta situação" afirmou.

Sarkozy e seu partido de centro-direita UMP têm demonstrado cautela, para não parecer que estão tomando vantagem da situação do rival político. Em 2007, Sarkozy apoiou fortemente a indicação de Strauss-Kahn para o comando do FMI. Na época, suspeitou-se que o presidente trabalhava para despachar um rival político para fora do país.

Strauss-Kahn foi detido no final de semana, acusado de tentar estuprar uma camareira nos Estados Unidos. Antes disso, Marine, que herdou o comando da Frente Nacional de seu pai, Jean-Marie Le Pen, em janeiro, aparecia em segundo nas pesquisas de intenção de votos para as eleições presidenciais francesas do próximo ano. O primeiro colocado era o próprio Strauss-Kahn. Com isso, Sarkozy poderia ficar de fora do segundo turno, o que acabaria com suas pretensões de se reeleger em 2012.

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