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A Casa Branca está apreensiva com a saúde do presidente do Egito Hosni Mubarak, e teme mudanças que coloquem seus interesses em risco. O líder egípcio completou 82 anos, está doente, passou por tratamento na Alemanha e não tem um vice-presidente. Mais grave, não indicou quem ele gostaria de ver no seu lugar no Cairo.

Apesar das críticas por reprimir a oposição, censurar a imprensa e fraudar eleições, Mubarak sempre honrou seus compromissos com os norte-americanos e os israelenses. Por menos democrático que seja, o presidente do Egito tem sido um aliado leal de Washington e Jerusalém. A dúvida nos Estados Unidos é sobre como será o futuro presidente do Egito.

Analistas comparam sua sucessão com a do líder sírio Hafez al Assad, que morreu há dez anos. No seu lugar, entrou seu filho Bashar Assad. Caso o mesmo fenômeno aconteça no Egito, o escolhido para o lugar do atual presidente será o seu filho, Gamal Mubarak, que conta com o apoio da elite econômica do Cairo e de Alexandria. Como Bashar Assad, ele também fala inglês fluentemente, morou no Ocidente e é visto como modernizador.

Sua plataforma seria parecida com a da China, que virou moda em regimes fechados - abrir a economia, mas manter o país distante da democracia. "Mas Gamal não é do Exército e existe uma certa relutância dos militares em ver um civil no comando do regime", afirmou Hani Sabra, analista de Egito da consultoria de risco político Eurasia. Bashar não teve este problema. Apesar de ter se tornado oftalmologista, o líder sírio passou por anos de treinamento militar.

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