Um terrorista suicida pilotando uma motocicleta se explodiu na cidade de Farah, no sudoeste do Afeganistão, nesta sexta-feira, matando 16 pessoas e ferindo pelo menos 23. O ataque ocorreu um dia após o presidente afegão, Hamid Karzai, tomar posse para um segundo mandato, prometendo buscar a pacificação do país e tirar das forças estrangeiras o controle sobre a segurança. Enquanto isso, um poderoso ex-senhor da guerra afegão escapou por pouco de uma tentativa de assassinato perto de Cabul, disse a polícia.
O homem-bomba motociclista atingiu uma área onde caminhões pesados estavam carregados com produtos que são transportados de Farah para a cidade vizinha de Herat. Segundo o governador provincial, Rohul Amin, foram mortos pelo menos um policial e 11 civis. Havia sete crianças entre os feridos.
Amin disse ainda que, dos mais de 20 feridos, a maioria civis, mais de uma dezena encontrava-se em estado grave. "O número de mortos pode aumentar", afirmou o governador. "O terrorista pilotando uma motocicleta explodiu-se numa praça principal próxima ao meu escritório de trabalho em minha residência", descreveu.
Já o ataque contra o parlamentar Abdul Rasul Sayyaf, um ex-líder da Aliança do Norte que foi acusado pela organização de direitos humanos Human Rights Watch de crimes de guerra, estava num comboio de automóveis com seus guarda-costas quando uma bomba acionada por controle remoto explodiu, no distrito de Paghman, ao norte de Cabul, disse o chefe da polícia Abdul Razaq. Um carro no comboio ficou completamente destruído e Razaq disse que cinco dos guarda-costas de Sayyaf foram mortos. Sayyaf não sofreu ferimentos.
Também nesta sexta-feira, três civis ficaram feridos por uma bomba colocada à beira de uma estrada, na província de Khost, segundo a polícia local.
Na quinta-feira, a polícia disse que as forças de segurança afegãs apoiadas por milícias tribais mataram seis militantes do Taleban na mesma província, depois que os rebeldes decapitaram dois líderes tribais, no fim de semana.