A Coreia do Sul ameaçou irritar a Coreia do Norte nesta quarta-feira, apenas quatro dias depois da morte do líder Kim Jong-il, quando o governo permitiu que ativistas e desertores norte-coreanos soltassem balões com 200 mil folhetos criticando o regime vizinho. Quarenta pessoas se reuniram nos arredores da cidade sul-coreana de Paju, a três quilômetros da fronteira mais militarizada do mundo, e soltaram 10 balões gigantes que carregavam mensagens pedindo aos norte-coreanos para que se levantassem contra o novo líder, Kim Jong-un. "Saudamos a morte de Kim Jong-il", gritavam ao soltar os balões. A Coreia do Norte já ameaçou, no passado, retaliar contra um eventual lançamento de balões. Nesta semana, o governo sul-coreano recuou de planos para acender luzes de Natal em torres localizadas perto da fronteira, depois que a vizinha alertou que poderia atacar a Coreia do Sul se a iluminação fosse feita. O governo conservador da Coreia do Sul renovou na semana passada uma tradição anual de acender luzes de Natal em torres com formato de árvores em três cidades fronteiriças para pressionar o Norte. Mas não houve tentativas por parte do governo sul-coreano para impedir o lançamento dos folhetos nesta semana, diferente de uma situação anterior neste ano. Na ocasião, o governo havia aconselhado os ativistas a não provocarem o Norte, porque os dois países viviam um momento de tensão provocado por ataques realizados pelo Norte contra o Sul que resultaram em mortes.
Morte de ditador